Dez anos atrás eu tinha exatamente 10 anos e uma curiosidade infindável de saber que tanto minha irmã mais velha escrevia nas páginas de seu diário. Um desabafo, um segredo, uma opinião... Tantas coisas cabiam nas páginas do seu “caderninho” pessoal e o que eu queria apenas era saber o que ela escrevia ali. Foram muitas tentativas fracassadas de atingir a meta de conhecer seus segredos. Se fosse hoje, talvez bastasse acessar um link para conhecer o que se passa na cabeça da minha amada irmã. Com certeza ela criaria um blog para ingressar no mundo virtual expondo suas idéias, vontades, experiências... E eu não precisaria roer as unhas esperando ela sair do quarto para atacar as páginas de seu diário. O blog é uma ferramenta midiática usado para várias práticas. Quem o monta tem um perfil e um objetivo, e com certeza irá explorar todas as possibilidades que essa vitrine virtual oferece.
Utilizado por milhares de pessoas, interessante destacar uma classe de profissionais que usam e abusam dessa ferramenta: os jornalistas. Eu estou estudando para ser uma, e confesso, ô raça complicada! Mas, admirável! Acostumados ao ritmo frenético das redações, comprometimento com o segmento editorial, atrelados ao setor comercial da empresa jornalística que trabalham, esse profissional que lida com opiniões, fatos e personagens da vida real segue padrões que por vezes confrontam com seus princípios. Servem à empresa que trabalham, portanto, respeitam o sistema hierárquico e convivem com técnicas que impossibilitam um “vôo” pela sua liberdade de expressão.
O blog se torna então uma válvula de escape. Um diário virtual, uma realidade virtual que permite expor suas idéias, opiniões, experiências, impressões de todo o mundo que ele conhece e convive no dia-a-dia. Não há vínculo algum com empresas comerciais, portanto, nada de censura! Não há editor cortando a melhor parte de seu texto e decepcionando o próprio criador. Fala-se o que pensa, posta o que acha realmente relevante para sua sociedade, defende sua posição sem correr o risco de ser despedido!
É uma atividade ser blogueiro atualmente. É liberdade de criação. É liberdade de expressão. Tudo o que um jornalista ativo, apaixonado pela profissão e preso às regras comerciais precisava para colocar suas palavras onde quiser, falando sobre o que interessar. E mais, oferecer ao publico leitor que se interesse por conhecer diversos ângulos de um fato, uma noticia, um acontecimento, um julgamento. Sentar em frente ao computador e poder escolher quais as teclas serão tocadas é uma conquista para um comunicador que, antes de tudo, sonha em se comunicar livre e expressamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário